Resposta à Emergência de Refugiados: UM CAMINHO PARA O RECOMEÇO
Kamuaco é chefe de família e um dos beneficiários do Projecto de Protecção e Assistência aos Refugiados Congoleses no Assentamento do Lóvua na Lunda Norte. António conta que passou por várias dificuldades na República Democrática do Congo (RDC), onde viveu maior parte da sua vida. Há mais de 10 anos, trabalhou como Jornalista de profissão em diferentes canais de comunicação de Rádio e TV em Kasai, local que foi obrigado a abandonar e emigrar para Angola devido aos conflitos políticos envolvendo milícias e polícia da região.
Após chegar em território angolano recebeu o apoio de humanitários pertencentes as organizações ACNUR, UNICEF OPRS, World Vision entre outros que o ajudaram no processo de alojamento e acompanhamento para sua estadia no Lóvua, município da Lunda Norte, fronteira com a RDC. Neste período foi reconhecido pela UNICEF devido o trabalho que exercia no Congo, e recebeu uma proposta vinda da agência numa altura em que se previa a criação de um projecto de Jornalismo Comunitário, tornando possível a criação de um departamento para os voluntários, iniciando assim o processo de sensibilização comunitária para as pessoas que se encontravam no Dundo, a fim de transformar o Lóvua em um local digno para os refugiados encontrarem abrigo.
“Eu escolhi Angola como segundo País para morar porque aqui no assentamento do Lóvua tenho lavras, crio animais e estou a formar meus filhos nas escolas angolanas. Sinto-me satisfeito com as condições de vida que tenho actualmente, igualmente por receber a grande obra do Centro Sóciocultural, este momento será gravado para sempre em nossas vidas como refugiados”, destacou António.
O projecto de Protecção e Assistência aos Refugiados Congoleses no Assentamento do Lóvua na Lunda Norte é financiado pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em parceria com o Programa Alimentar Mundial (PAM) e o Governo de Angola, e conta com a implementação da World Vision Angola.